Quando um homem do campo carregado de memórias, caminha solto no espaço, os seus pés de barro misturam-se com os dedos que se cavaram na terra. A harmonia é dissonante. No equilíbrio, ele parece cambalear, como se fosse voar. A melodia desse movimento, encontra o compasso no tropeço, como um corpo suspenso, que procura o gesto para sintetizar, a ideia que se perde no meio da palavra.
Este é o corpo de António, o homem que visita, algures numa aldeia, o seu passado.
A Visita, é uma delicada viagem pela vontade humana de viver e desejar a alegria, procurando-a no seu quotidiano e no diálogo com a natureza.
É a estória de um homem que sobrevive à mais dura dificuldade humana, a solidão, e quer continuar.
É um emocionante diálogo, que nos faz rir e chorar. É um retrato de família onde os segredos revelados criam a magia da vida, e despontam todos os conflitos humano.
No final António, clama pelo futuro, pelas saudades do desejo de viver mais feliz.